Um comportamento autodestrutivo é aquele que causa algum tipo de prejuízo para o próprio indivíduo. Às vezes, estes comportamentos não são percebidos pela pessoa como sendo a fonte de algo ruim, em outros casos, a pessoa percebe o comportamento como prejudicial, mas não consegue evitá-lo.

Em ambos os casos, estes assumem um padrão repetitivo e geram algum tipo de dano.

Quando vemos alguém dentro de um padrão de comportamento autodestrutivo, costumamos fazer a seguinte pergunta “Se é algo ruim para a pessoa, por que ela faz isso a si mesma?”.

Quando um indivíduo não possui repertórios de enfrentamento para lidar com as questões da vida, ou seja, não possui maturidade, vivências e conhecimentos adequados, que o ajudem a encontrar saídas saudáveis, a possibilidade dele assumir comportamentos autodestrutivos como outras “saídas” é extremamente grande.

Todo o comportamento para existir precisa ser recompensado de alguma forma. No caso dos comportamentos autodestrutivos, quase sempre estes são reforçados por ganhos secundários, por exemplo: fumar prejudica a saúde e pode causar varias doenças, mas a sensação é prazerosa e relaxante para alguns. O comportamento autodestrutivo surge como uma forma (doente) de superar alguma falta ou dificuldade.

Alguns exemplos de comportamentos autodestrutivos são: beber para se soltar, fumar para relaxar, tomar remédios para dormir, usar drogas para ser aceito no grupo, evitar dialogar para não ter que ouvir críticas, discutir para ter a atenção de alguém, ter ciúme exagerado para assegurar a fidelidade conjugal, entre outros.

A melhor forma de enfrentarmos os obstáculos e dificuldades da vida não é através de mecanismos de fuga autodestrutivos, embora romper com estes mecanismos nem sempre será fácil e talvez seja necessário procurar ajuda especializada. 

Encarar os obstáculos como oportunidades para o crescimento, Identificar suas reais necessidades e dificuldades, desenvolver habilidades sociais e fortalecer seus repertórios de enfrentamento são passos fundamentais para eliminar, diminuir e evitar seus comportamentos autodestrutivos, possibilitando um melhor desenvolvimento pessoal e melhorando sua qualidade de vida.

Alexandre Costa – Colunista do RC24h, Psicólogo, bacharel em Teologia e pós-graduado em Sexualidadeumana.

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